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Anda, vem ver como corre o rio
Vê como sempre corre para o mar
Anda, vem ver como estremece sem frio
Só por saber que o vai abraçar…
Anda, vem ver como rebentam as ondas na praia
Vê como a espuma é feita de renda fina
Tão fina como a cintura da saia
Que eu vestia quando menina…
Anda, vem ver como cantam as águas da fonte
Quando choram alto as nuvens carregadas
Estendendo as lágrimas na corda do horizonte
Como camisas brancas de esperança bordadas…
Texto de Elisabete Bárbara
ilustração de Serguei Borodouline
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