A castidade conjugal constitui um capítulo importante da moral conjugal.
A castidade, como qualquer outra virtude carnal, consiste no domínio da paixão pela razão. Implica a moderação da paixão; é uma virtude de sobriedade.
O aspecto mais aparente desta castidade conjugal é a fidelidade. Outro aspecto menos visível encontra-se na obediência às leis naturais do amor. Um terceiro, aquele sobre o qual convém sobremaneira insistir, é a moderação da paixão, ainda no que ela tem de mais legítimo.
Ainda que a união carnal seja legítima e boa dentro do matrimónio, o excesso continua a ser possível, e o homem sentirá a sua atracção. Também nisso se nota muitas vezes falta de formação. Vimos antes que o costume de encarar a castidade sob o ponto de vista exclusivo da juventude, impede reflectir sobre a castidade conjugal, o que leva muitos homens de bem a imaginar que, tendo feito todos os esforços por praticar a castidade até ao casamento, este os libertou de qualquer freio. O matrimónio torna-se deste modo um desenfreamento de todos os instintos.
Entretanto, à falta de castidade conjugal, os esposos correm o risco de naufragar.
(Jacques Leclercq)