Corrupções do amor
O segundo aspecto da castidade conjugal consiste em abster-se das corrupções do amor. Muitos julgam que, uma vez casados, tudo lhes é permitido, e que é legítimo procurar o prazer por todos os meios – inclusive nos refinamentos que vão até à perversão – ou, mais exactamente, não chegam, a compreender que a procura de todos os meios de aumentar o prazer possa constituir perversão. As raparigas ignoram mesmo, em geral, a existência destes problemas; uma vez casadas, deixam-se conduzir pelo marido e de modo especial, se o rapaz com quem casaram lhes parece um bom cristão, logo lhe dão toda a confiança. Ora, mesmo entre os rapazes mais cristãos, há muitos que revelam uma total ignorância quanto ao aspecto moral do problema e apenas possuem a rudimentar ideia de que, fora do matrimónio tudo é interdito, e, dentro do matrimónio, tudo é permitido.
Será, pois, oportuno recordar, que a moralidade das relações conjugais não permite procurar o prazer por todos os meios, mas exige que cada um se limite a uma vida sexual sã, simples e normal.
(Jacques Leclercq)