The game
Realizador: David Fincher
Actores: Michael Douglas; Sean Penn
Música: Howard Shore
Duração: 128 min.
Ano: 1997
O retrato de um workahoolic no seu estado puro. Triunfar, vencer e sucesso eram as palavras vitais para um homem de negócios. Tudo fora sacrificado para conseguir o êxito profissional. E alcançara-o! Mas um dia o seu irmão propõe-lhe entrar num jogo. Algo diferente e estimulante. Um novo desafio para a sua vida. De repente, o filme assume o carácter de um verdadeiro jogo, em que nem o protagonista nem os espectadores percebem bem quais as regras da brincadeira… que de brincadeira cada vez tem menos, para se ir tornando numa coisa muito séria.
Pela primeira vez desde há muito tempo, o nosso herói não domina todas as jogadas. A sua capacidade de decisão já não é firme. Dá-se conta de que tem de confiar em alguém. Mas em quem, num mundo em que todos se aproveitam de todos para subir à custa um dos outros. E a família à qual não ligou estará disposta a confiar nele? Num ritmo cada vez mais rápido e ansioso, tenta reflectir em tudo o que lhe aconteceu. Poderá modificar o rumo da sua vida? Tudo aquilo pelo qual está a passar não será um reflexo do seu passado e do seu estilo de conduta? Haverá oportunidades de jogar novas partidas?
Conforme o tempo vai passando, as questões vão-se complicando… até chegar à pergunta fatal: qual o sentido da vida? Não o sentido da vida em geral e em abstracto, mas o sentido da vida pessoal de cada um. A resposta é difícil de dar. Há um suspense que vai aumentando… para no final do jogo tudo ser desvendado.
Este filme intenso, forte e cru não pode ser considerado uma brincadeira de um realizador que goste de se divertir à custa dos cinéfilos. Trata-se simplesmente um jogo inteligente, pois existem coisas que só se podem entender se forem ditas a brincar.
Tópicos de análise:
1. O estilo workahoolic.
2. As jogadas têm de ser planeadas para se atingir o objectivo proposto.
3. A confiança entre as pessoas e o equilíbrio emocional.
4. Parar e reflectir: a chave de um sucesso consolidado.
5. A distinção entre a realidade e a ficção em que cada um vive.
Encontra aqui uma curta apresentação de algumas dezenas de filmes, contendo os dados principais de cada um deles, um resumo e alguns tópicos de análise. Não se trata de filmes aconselhados por nós, mas apenas de algumas ideias que podem ajudar a escolher um filme ou a tirar partido dele do ponto de vista educativo.
Colaboração de Paulo Martins, Mestre em História e Doutor em Cinema.