Tudo continua na mesma, mas nada continua igual

Tudo continua na mesma, mas nada continua igual
Falta-me o nunca me teres faltado
Falta-me o não poderes ter ficado
Falta-me o que nunca perderei
Desdobro o mapa da tua presença
E vejo nos caminhos dos passos que dei
Que caminhas ao meu lado
Tal como o céu precisa das estrelas
Quando sai à noite para se mostrar estrelado…
Tudo continua igual, mas nada continua na mesma
Falta-me o que sei que me dirias
Falta-me o teu olhar que ainda vejo
Falta-me o que nunca perderei
Dobro o mapa da tua presença
E sinto no coração onde o guardei
Que és o meu lado de dentro
Tal como o moinho além precisa das velas
Para deixar falar o vento…

Texto de Elisabete Bárbara
ilustração de Tricia Hennessey